"Término de Inquérito: Delegado da Polícia Civil Encerra Investigação sobre Médico Acusado de Violência Doméstica em Piancó"
Na noite de sexta-feira, 29 de março, o delegado da Polícia Civil, Lucas Rostrand Lima, concluiu o inquérito que investigava a acusação de agressão contra Algacy Fernando Vieira de Lorena e Sá. O médico foi acusado de agredir e ameaçar sua companheira, Danúbia Carla Rodrigues de Moura, residente em Piancó. O delegado esclareceu que esta é apenas uma fase da investigação, que ainda está em andamento.
"A investigação continua, agora focada nos prints que foram divulgados pela imprensa. A vítima não nos apresentou essas evidências", afirmou o delegado Lucas Rostrand.
Os prints mencionados foram publicados no ClickPB na quarta-feira passada, 27 de março. Eles revelam mensagens contendo ameaças de morte, insultos e sinais de agressão recorrente. Em uma das mensagens, o médico Algacy diz: "Você é uma vadia, pensa que sou idiota... Te dou 5 mil por mês pra você viver dedicada somente a mim, e assim vai continuar sendo. Deu pra entender?", em uma conversa com sua esposa.
O delegado Lucas Rostrand enfatizou que as investigações estão em andamento para verificar as ameaças feitas através de mensagens de WhatsApp. "O crime não ficará impune. A palavra da vítima sempre será valorizada. A rede de proteção não será comprometida", assegurou o delegado.
Sobre o incidente do dia 25 de março, Lucas Rostrand explicou que o inquérito encerrado aborda a denúncia de agressão nesse dia. "Nós investigamos se ele saiu do hospital naquela madrugada. Algumas pessoas afirmaram que não o viram no hospital, enquanto outras disseram que sim. Descobrimos que parte dos funcionários que não o viu fazia parte do bloco cirúrgico onde o médico trabalha. Eles o viram no hospital naquele horário", relatou o delegado.
Ele acrescentou que as imagens das câmeras foram investigadas para verificar se houve perseguição, conforme alegado pela vítima. Segundo ele, as gravações mostram o carro de Danúbia passando no local, mas não mostram o veículo do médico, como ela denunciou. "Não houve perseguição na rodovia. O carro dela passa, mas não havia outro veículo a perseguindo", ressaltou.
A falta de evidências sobre as acusações relativas ao dia 25 de março levou ao encerramento do inquérito sem o indiciamento do médico Algacy Fernando. Ele permanece preso, aguardando que seus advogados solicitem a revogação da prisão à Justiça.
O delegado destacou um detalhe omitido pelo médico Algacy Fernando durante a investigação: quando a vítima chegou ao hospital com a Polícia Militar, o acusado fugiu do local pelo necrotério. "Ele omitiu esse detalhe e nós questionamos o motivo. Ele disse que estava com medo", concluiu o delegado Lucas Rostrand.
Reportagem: Nice Almeida - ClickPB
0 Comentários