Lula defende presunção de inocência para Bolsonaro e demais indiciados por tentativa de golpe
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta quarta-feira (19), a importância da presunção de inocência e do direito à ampla defesa para todos os cidadãos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A acusação se baseia em investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de impedir a posse do terceiro mandato de Lula.
Durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, após um encontro com o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, Lula enfatizou que todas as pessoas devem ter o direito à defesa.
"A única coisa que posso dizer é que, no tempo em que eu governo o Brasil, todas as pessoas têm direito à presunção de inocência", afirmou o presidente.
A defesa de Bolsonaro nega as acusações e alega que o ex-presidente "jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam".
Lula também ressaltou que a denúncia da PGR representa apenas o início do processo e que caberá ao STF julgar o caso.
"Se eles provarem que não tentaram dar um golpe e que não tentaram matar o presidente, o vice-presidente e o presidente do Superior Tribunal Eleitoral, eles ficarão livres. Mas, se o julgamento concluir que são culpados, terão que pagar pelo erro que cometeram", declarou.
O encontro entre Lula e Luís Montenegro resultou na assinatura de 19 acordos de cooperação entre Brasil e Portugal. FONTE PB AGORA
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